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Tecnologia na construção civil: conheça o sistema BubbleDeck

15/10/2016

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Alternativas e tecnologias que promovam economia de recursos, mas sem deixar para segundo plano a qualidade e segurança na execução de uma obra, são buscas constantes na Engenharia Civil. Lançado na Dinamarca, o sistema BubbleDeck é uma referência de inovação quando o assunto é o desenvolvimento de uma obra com menos gastos e qualidade.

O sistema consiste em esferas plásticas que são alocadas entre uma pré-laje de concreto e uma tela soldada armada superior. As esferas ocupam uma área que não tenha a função de suporte estrutural, na intersecção das armaduras, e permite uma redução de até 35% no peso da estrutura, o que é possível graças a uma menor utilização de aço e concreto.

O sistema BubbleDeck pode ser utilizado em construções de pequeno e grande porte. Em países como Dinamarca e Holanda, a tecnologia já é utilizada há anos, e mais de um milhão de metros quadrados já foram construídos em diferentes edificações. É sempre importante haver diversos estudos de viabilidade econômica, assim como na definição das características da estrutura que será usada, como a quantidade e tamanho das esferas, de acordo com a espessura da laje, as medidas do vão e a carga prevista.

As vantagens

O sistema, além da redução do peso, também proporciona maior flexibilidade e liberdade nos projetos, e até mesmo um isolamento acústico. A economia é gerada a partir, por exemplo, da substituição do concreto pelas esferas de plástico reciclado, utilizadas no sistema BubbleDeck, assim como com a eliminação das vigas – isso porque as esferas plásticas, instaladas no vão entre as malhas de aço superior e inferior – neste caso, geralmente uma pré-laje – podem ser ligadas diretamente às colunas, sem a necessidade de vigas.

A tecnologia apresenta características sustentáveis, como o fato de as esferas serem recicladas, além de possibilitar uma redução do volume de concreto utilizado e até mesmo a redução de equipamentos necessários na obra. Um exemplo sustentável é que são reduzidas as viagens dos caminhões-betoneira, diminuindo custos e até mesmo a poluição ao meio ambiente. Com a redução do uso do concreto, há diminuição na emissão de CO² e, em caso de incêndio, as esferas carbonizam sem emitir gases tóxicos, devido ao material das mesmas, o polipropileno.

por
Tiago Rafael

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